#SOBREVIVEMOSMG - Reginalda

“Acreditem nesse vírus. Quando você entrar no hospital, como eu entrei, a preocupação é uma só: será que sairei viva daqui? ”

Reginalda da Silva Matozinhos, de 51 anos, trabalha como empregada doméstica em Belo Horizonte. Desde que começaram os casos de coronavírus na cidade, em março,  seus empregadores passaram a pagar transporte por aplicativo para ela ir e voltar do trabalho. Mesmo usando máscara, álcool gel e tendo todos os cuidados necessários, Reginalda foi contaminada pelo vírus e chegou a ficar 24 dias intubada. Sobreviveu.

 “Acreditem nesse vírus. Quando você entrar no hospital, como eu entrei, a preocupação é uma só: será que sairei viva daqui?”, enfatiza Reginalda. Ela diz que os primeiros sintomas apareceram na quinta-feira, no dia 21 de maio. Ela se sentiu muito cansada e com a sensação de nariz entupido. Começou a sentir falta de ar e sua família achou melhor levá-la para o Hospital Odilon Behrens, onde foi internada e transferida para o Hospital Eduardo de Menezes, unidade referência no tratamento para o novo coronavirus na capital mineira.

Lá foi feito o teste para a Covid-19 e o resultado foi positivo. “Eu não me lembro de nada. Acordei 15 dias depois e estava na UTI. Os médicos ficaram felizes ao me ver acordando e me explicaram o que tinha ocorrido.” A princípio, a equipe médica tentou retirá-la da intubação, para que ela pudesse respirar sem ajuda de aparelhos.

“Mas não deu certo e eu precisei ser intubada novamente. Aos poucos, eles foram retirando o aparelho. Sai da UTI e fui para o quarto respirando com a ajuda de dois balões de oxigênio”, recorda. Reginalda diz que precisou  reaprender a andar e a comer. “Mesmo depois da alta, já em casa, só agora estou conseguindo tomar banho em pé. Antes tinha que ficar sentada”, relata, acrescentando que tem feito exercícios respiratórios diários recomendados pela equipe médica.

CUIDADOS

Reginalda faz parte dos pacientes de Covid-19 que sofrem com alguma comorbidade. Ela descobriu ser diabética no ano passado. “Por isso, sempre me cuidei muito. Usei máscara e álcool gel o tempo inteiro. Quando chegava no trabalho, tomava banho. E fazia o mesmo quando chegava em casa. ”

Ela diz que se assustou muito com a força da doença e agradece pelo atendimento recebido no Hospital Eduardo de Menezes. “Eu nasci de novo .” Ela segue se cuidando muito e pede a todos que façam o mesmo. “As pessoas estão achando que é algo simples, mas não é.” 

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