#SOBREVIVEMOSMG - Fabrício

“Você se sente mais humano e vê que sozinho você não faz nada. Internado, eu precisei do socorro de todos os profissionais de saúde.

Comerciante na cidade de Santos Dumond, Fabrício Braz da Silva Fortes, de 44 anos, reconhece que, no começo da pandemia, não acreditava tanto na força do novo coronavírus. Depois de 34 dias internado por causa da covid-19, após ter tido três paradas cardíacas e ter os rins paralisados, ele conta que lutou para sobreviver e agradece a Deus, aos familiares e à equipe médica que lhe socorreu.

Em abril, Fabrício começou a sentir os primeiros sintomas. Teve dor de cabeça, dor no corpo e se sentia estranho. “Minha respiração começou a ficar ofegante e foi piorando com o passar dos dias. Fui para o hospital em Juiz de Fora e, depois de dois dias na enfermaria, fui transferido para o UTI, onde fiquei 14 dias intubado. Nesse período, tive paradas cardíacas e consegui sobreviver”, recorda.

Antes de ir para a unidade de terapia intensiva, Fabrício quis falar com o irmão e disse a ele para cuidar da família e da mãe deles, que tem 75 anos, sofre de comorbidades e, felizmente, não foi contaminada pelo vírus.  “Eu disse a ele que sairia dessa com toda a minha fé.”

Quando saiu da intubação, Fabrício diz ter retornado à vida. “Eu agradeci muito a Deus a cada momento. Quando acordei na UTI, não conseguia falar. Meus rins tinham parado, tive que fazer diálise. Colocaram cateter em mim também”, conta. Fabrício diz que a condição do paciente é constrangedora.

“Você se sente mais humano e vê que sozinho você não faz nada. Internado, eu precisei do socorro de todos os profissionais de saúde. Temos que valorizar essas pessoas, porque eles são essenciais e merecem muito respeito”, diz, lembrando que precisou de enfermeiros para lhe dar banho e durante a internação usou fraldas.

Depois que saiu do CTI e foi para o quarto, Fabrício viu sua família por vídeo chamada e a conversa reacendeu suas forças para continuar lutando pela vida. “Ao ver minha família eu só conseguia chorar e agradecer por estar vivo.” 

Como a covid-19 atacou os rins de Fabrício, ele teve que fazer diálise.  “É um tratamento bem cansativo e é um momento em que você se questiona se vai viver, se vai ver sua família de novo.”

Ele se emociona ao dizer que lutou muito para sobreviver e diz estar ainda em processo de recuperação. “Eu agradeço aos fisioterapeutas, aos enfermeiros, aos médicos. Agradeço muito a Deus a todo momento. Eu perdi 15 quilos nesse processo todo, estou me recuperando até hoje. Mas Deus é mais. No quarto mandamento de Deus fala assim: ‘honre seu pai e sua mãe que você terá vida longa na terra’. Foi isso que eu fiz.”

Por: Luciane Evans
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