#SOBREVIVEMOSMG - Andrailma

“O que me faz forte é saber que sobrevivi ”

Desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, a técnica de enfermagem Andrailma Rodrigues Araújo, de 37 anos, adotou todos os cuidados necessários para não se contaminar. Como trabalha no posto de saúde da cidade de Formoso, na Região Noroeste de Minas Gerais, usava equipamentos de proteção (EPI’s) nos atendimentos e, em casa, manteve seus objetos de uso pessoal distante do filho, de 10 anos, e do marido.

No entanto, mesmo com todo o cuidado, Andrailma contraiu o vírus e, em junho, ficou em estado grave. Ela conta que começou a sentir os primeiros sintomas ainda no dia 15 daquele mês. Teve febre alta, dor no corpo e na cabeça. “Com os passar dos dias, as dores foram ficando mais fortes. No dia 18, fui para o pronto-socorro da cidade e, ao fazer raio-X, descobriram que o meu pulmão estava 80% comprometido.”

A técnica de enfermagem relata que não conseguia ficar em pé e a sua oxigenação estava baixa. “Fui encaminhada para o hospital municipal de Unaí, onde diagnosticaram que eu estava com derrame pleural. E o teste para o novo coronavírus deu positivo ”, conta.

No dia 19, com a piora no quadro, Andrailma foi para a UTI de um hospital particular de Unaí, onde ficou sete dias internada em estado grave. “Durante quatro dias eu fiquei muito grave e só conseguia pensar no meu filho. Tinha medo de ele ter sido contaminado”, recorda.

14 dias sem andar

Ela não precisou ser intubada e diz que no tempo em que esteve na UTI, os médicos lhe atualizavam sobre a saúde do filho e do marido, que não foram contaminados. “Eu vi a morte e sobrevivi graças a Deus e aos profissionais da saúde”, comemora.

Para Andrailma, a covid-19 é letal e é preciso muito cuidado para não se contaminar. “Poucos dias antes de eu ser contaminada, atendi uma senhora infectada, mas eu estava paramentada. Realmente, não sei como peguei esse vírus. Por isso que todo cuidado é pouco.”

 Depois que saiu do CTI, a técnica de enfermagem ficou 14 dias sem andar e contou com a irmã para lhe dar banho. Atualmente, ela retornou para o trabalho e diz não ter ficado com sequelas. “O que me faz forte é saber que sobrevivi. ” Ela aconselha todos a se cuidarem e chama atenção dos assintomáticos, que contribuem para a disseminação do vírus sem saber.

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