Autor*: Vitor Yukio Ninomiya

Apesar da sensação de que o surgimento da variante delta do coronavírus é algo recente, tendo em vista o volume de notícias nos últimos meses, esta variante já completa quase um ano de sua primeira detecção, em outubro de 2020. Essa mutação do vírus SARS-CoV-2, antes conhecida como “variante indiana”, agora é mais comumente reconhecida como “variante delta”

O QUE É A VARIANTE “DELTA” DO CORONAVÍRUS?

Apesar da sensação de que o surgimento da variante delta do coronavírus é algo recente, tendo em vista o volume de notícias nos últimos meses, esta variante já completa quase um ano de sua primeira detecção, em outubro de 2020. Essa mutação do vírus SARS-CoV-2, antes conhecida como “variante indiana”, agora é mais comumente reconhecida como “variante delta” (B.1 617.2). Desde então, até julho deste ano já foi registrada em mais de 130 países, o que ilustra muito bem a sua capacidade de disseminação, mesmo com a vacinação em andamento em todo o mundo.

Dicionário da Pandemia: “VARIANTE”

“Nome dado a uma nova apresentação do organismo após uma mutação favorável, seguida pela multiplicação desse mesmo organismo para perpetuação da nova característica.”

Quais são os sintomas da COVID-19 pela “variante delta”?

Os sintomas são os mesmos que as formas anteriores já conhecidas, ou seja: febre, tosse, fadiga/cansaço, alteração do olfato e/ou paladar, falta de apetite, corrimento nasal, dor para engolir, dor ao engolir, falta de ar, expectoração, dor de cabeça, diarreia, náuseas, vômitos, dor no peito, diarreia, dor abdominal.

Os sintomas da COVID-19 são muito semelhantes a um resfriado comum e pertencem à chamada Síndrome Gripal, mas podem evoluir para quadros graves (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

O que a “variante delta” tem de diferente?

  • Altamente contagiosa: a variante delta é mais de duas vezes mais contagiosa que as variantes anteriores.
  • Maior risco para casos graves: pessoas infectadas com a variante delta possuem maiores chances de serem hospitalizadas do que aquelas infectadas com as linhagens anteriores do coronavírus.
  • Pessoas não vacinadas (nenhuma dose ou vacinação incompleta) estão em grande risco: além do maior risco de se infectar e de evoluir para casos graves, pessoas não vacinadas também são aquelas que apresentam maior probabilidade de transmitir o vírus às demais pessoas.
  • Pessoas vacinadas (esquema vacinal completo) também estão em risco: pessoas que, porventura estejam vacinadas e infectadas com a variante delta também podem transmitir o vírus, mas por um período mais curto. Contudo, por estarem vacinadas, o risco para evoluir para um quadro grave da doença é reduzido, apesar de não ser nulo.

Por que a variante delta é mais transmissível?

De acordo com um estudo apresentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Imperial College (Londres), a variante delta é resultado de uma mutação no gene relacionado à produção da proteína S (spike), responsável pela fixação e entrada do vírus nas células humanas.

Como posso me prevenir da variante delta da COVID-19?

As recomendações são as mesmas, não somente pelo fato de a variante delta ser transmitida de maneira semelhante, mas também porque as outras variantes continuam circulando pelo mundo e já foi comprovada a possibilidade de uma reinfecção pela mesma variante ou por outras mais de uma vez, mesmo estando adequadamente vacinado.

AS VACINAS DISPONÍVEIS NO BRASIL SÃO EFICAZES CONTRA A VARIANTE DELTA?

Felizmente, todas as vacinas aplicadas em território nacional possuem eficácia comprovada contra a variante delta, o que reforça ainda mais a necessidade de se vacinar contra a COVID-19. Vale lembrar que, apesar de a variante delta ser uma das conhecidas, as formas anteriores do SARS-CoV-2 ainda continuam circulando pelo mundo e pode infectar novamente até mesmo quem já está adequadamente imunizado.

Boa parte dos estudos sobre a eficácia da vacina contra a variante delta coloca em destaque a eficácia comparada àquelas pessoas não vacinadas (vacinação ausente ou incompleta), demonstrando grandes diferenças entre a evolução, principalmente sobre o maior risco de casos graves e necessidade de hospitalização daqueles não vacinados.

O Plano Nacional de Imunizações (PNI) conta, atualmente, com quatro vacinas (Coronavac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Janssen) em ampla aplicação no território nacional. Desses imunizantes, apenas a da Janssen obedece ao esquema de dose única e, portanto, não exige uma segunda dose para completar o esquema vacinal para a aquisição da imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, da COVID-19. Sendo assim, caso você tenha sido vacinado com a primeira dose dos demais imunizantes, não deixe de tomar a segunda dose, após o intervalo recomendado, para que você seja imunizado adequadamente e, assim, aumentar a sua defesa contra o coronavírus!

Quer saber mais sobre cada uma das vacinas disponíveis no Brasil? Confira os links abaixo!

Confira AQUI  mais informações sobre a vacina Coronavac

Confira AQUI mais informações sobre a vacina da AstraZeneca/Oxford

Confira AQUI  mais informações sobre a vacina “Comirnaty” (Pfizer/BioNTech)

Confira AQUI mais informações sobre a vacina da Janssen (Johnson & Johnson)

Com exceção da vacina da Janssen, que confere imunidade após dose única,

todas as outras seguem o esquema de duas doses!

Qual o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas?

  • Vacina Coronavac (Sinovac/BioNTech): intervalo 4 semanas entre as duas doses;
  • Vacina AstraZeneca/Oxford: intervalo de 12 semanas entre as duas doses;
  • Vacina “Comirnaty” (Pfizer/BioNTech): intervalo de 12 semanas entre as duas doses;
  • Vacina Janssen (Johnson & Johnson): apenas uma dose é necessária.

AFINAL, DEVO ME PREOCUPAR COM A VARIANTE DELTA?

Mesmo com diversos estudos apontando para um maior risco de contágio e risco de gravidade do coronavírus, referentes à variante delta, devemos lembrar que ela é um alerta para o que já vem sendo dito desde o início de 2020: o coronavírus é uma doença que pode evoluir para casos graves e levar a morte de pessoas sem qualquer fator de risco. Sendo assim, o surgimento de novas variantes é mais um alerta de que o vírus continua sofrendo mutações e que, quanto mais ele é transmitido, maiores são as chances de surgir uma nova variante mais transmissível, mais letal e até mesmo resistente às vacinas disponíveis no Brasil e no mundo. Por isso, manter os cuidados preventivos é essencial para frear essa evolução do coronavírus e estar vacinado, até o momento, é uma das nossas principais armas no combate à pandemia.

© 2024 SES - Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Desenvolvido pela Assessoria de Comunicação Social.