Autor*: Vitor Yukio Ninomiya

Mesmo com a disponibildade de vacinas no Brasil e com a alta procura pelas vacinas no mundo todo, não é incomum ter ouvido falar sobre pessoas que receberam a primeira dose do imunizante e que não procuraram pela segunda dose. Com exceção da vacina da Janssen, que confere imunidade contra o coronavírus após 14 dias da única dose, as demais (Coronavac, AstraZeneca e Pfizer) precisam de uma segunda dose. 

PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA DOSE DA VACINA

O Plano Nacional de Imunizações (PNI) conta, atualmente, com quatro vacinas (Coronavac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Janssen) em ampla aplicação no território nacional. Desses imunizantes, apenas a da Janssen obedece ao esquema de dose única e, portanto, não exige uma segunda dose para completar o esquema vacinal para a aquisição da imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, da COVID-19. Sendo assim, caso você tenha sido vacinado com a primeira dose dos demais imunizantes, não deixe de tomar a segunda dose, após o intervalo recomendado, para que você seja imunizado adequadamente e, assim, aumentar a sua defesa contra o coronavírus!

Quer saber mais sobre cada uma das vacinas disponíveis no Brasil? Confira os links abaixo!

Confira AQUI  mais informações sobre a vacina Coronavac

Confira AQUI mais informações sobre a vacina da AstraZeneca/Oxford

Confira AQUI  mais informações sobre a vacina “Comirnaty” (Pfizer/BioNTech)

Confira AQUI mais informações sobre a vacina da Janssen (Johnson & Johnson)

 

Com exceção da vacina da Janssen, que confere imunidade após dose única, todas as outras seguem o esquema de duas doses!

 

Qual o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas?

  • Vacina Coronavac (Sinovac/BioNTech): intervalo 4 semanas entre as duas doses;
  • Vacina AstraZeneca/Oxford: intervalo de 12 semanas entre as duas doses;
  • Vacina “Comirnaty” (Pfizer/BioNTech): intervalo de 12 semanas entre as duas doses;
  • Vacina Janssen (Johnson & Johnson): apenas uma dose é necessária.

 

E a terceira dose na prevenção contra a COVID-19?

No Brasil, a aplicação terceira dose teve início recente (setembro) em São Paulo, onde o imunizante será aplicado primeiramente na população de idosos acima dos 60 anos de idade e que tenham recebido as duas doses previamente, semelhante ao esquema de quando a primeira dose começou a ser aplicada no Brasil. A ideia, portanto,é cobrir a população com maior risco e gradualmente imunizar os demais.

De acordo com o Ministério da Saúde, a preferência da terceira dose se dá pelos imunizantes produzidos a partir do RNA mensageiro, como é o caso da vacina da Pfizer. Mas, na ausência desta vacina em alguns cenários, o uso das vacinas Astrazeneca ou da Janssen são suficientes. 

 

 

Por que muitos não estão retornando para tomar a segunda dose?

Com milhares de pessoas já vacinadas com a primeira dose, fica difícil dizer qual seria o real motivo de muitas delas não estarem retornando para a aplicação da segunda dose do imunizante. Por isso, selecionamos abaixo algumas hipóteses mais prováveis, juntamente à explicação do porquê cada uma delas não justificaria o atraso ou o adiamento do esquema de imunização atualmente indicado pelo Ministério da Saúde:

Com exceção da vacina da Janssen, que confere imunidade após dose única, todas as outras seguem o esquema de duas doses!

 

"Após a primeira dose da vacina, já estou imunizado"

As empresas farmacêuticas, responsáveis por desenvolver cada uma de suas vacinas, mostraram resultados favoráveis de qualidade, segurança e eficácia somente após a segunda dose de cada um de seus imunizantes. Por isso, para se ter a garantia da correta imunização, deve-se seguir as recomendações do Ministério da Saúde, que estão de acordo com as recomendações das respectivas fabricantes. Sendo assim, não há garantia de qualidade, segurança e eficácia quando o imunizante é utilizado de forma inadequada, ou seja, a imunidade não é garantida após a aplicação de apenas uma dose.

 

"Peguei COVID-19 após a primeira dose, então não preciso mais da vacina"

A vacinação para prevenção da COVID-19 também está indicada para pessoas que contraíram a doença antes da primeira dose e também entre as duas doses. Não há contraindicação, perda ou ganho de imunidade extra após a doença.

Caso você esteja doente (COVID-19 ou outra doença), aguarde a resolução dos sintomas e procure aplicar a segunda dose assim que possível!

 

"Após a primeira dose da vacina, tive muitas reações, não vou vacinar novamente"

As reações às vacinas, apesar de serem relativamente comuns a depender do fabricante, podem variar de pessoa a pessoa. De casos assintomáticos até estados em que há um comprometimento mais importante (dor local intensa, febre, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros), não há como prever o que acontecerá com cada pessoa. Além disso, as reações costumam ser menos intensas na segunda aplicação e a maioria costuma ser assintomática.

Caso você tenha apresentado um sintoma muito intenso ou de risco à vida (hipersensibilidade e trombose, por exemplo), comunique a um profissional de saúde e prontamente você será avaliado.

 

"Recebi a primeira dose da vacina A, vou esperar a vacina B para tomar a segunda dose"

O Ministério da Saúde não indica a vacinação com imunizantes de fabricantes diferentes entre a primeira e a segunda dose. Uma vez que a garantia de qualidade, segurança e eficácia são baseadas nos estudos apenas com a mesma fabricante, não há como garantir o real benefício dessa medida e, além disso, também não há como prever seus efeitos nocivos à saúde.

Você sabia? Existem vacinas (Plano Nacional de Imunizações) que não podem ser administrados no mesmo dia ou em intervalos curtos, como o da febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), varicela e tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) - composta de vírus vivos atenuados.

 
 
 
 

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