Fundação Ezequiel Dias (Funed) é a principal responsável pelo diagnóstico de covid-19 em Minas Gerais. Desde o dia 12 de março, quando passou a realizar os testes para covid-19, a Funed já analisou mais de 30 mil amostras por meio da técnica de RT-PCR em tempo real. A instituição tem recebido amostras de todo o estado, o que é um grande desafio, afirma a bióloga Talita Adelino: “O objetivo do PCR é diagnosticar a doença por meio da detecção do material genético do novo coronavírus na amostra examinada via swabs nasofaringe coletados em meio de transporte viral e enviadas para a Fundação”, explicou a bióloga. Segundo ela, as amostras devem ser acondicionadas em temperatura de 2 a 8°C.

Na primeira etapa da fase analítica, a amostra é submetida à extração do material genético. A seguir, este material extraído é adicionado a uma placa contendo reagentes específicos para detecção do novo coronavírus, submetida a alteração de temperatura de forma cíclica, repetida. “Durante este processo, se a amostra acusar a presença de material genético viral (RNA), este será amplificado. Ou seja, multiplicado milhões de vezes até ser detectado por fluorimetria”, explicou a bióloga referindo-se ao processo de análise.

Crédito: Leo Noronha

Segundo a diretora do Laboratório Central de Saúde Pública da Funed (Lacen-MG), Marluce de Oliveira, a realização do diagnóstico molecular na Fundação não é novidade, uma vez que é realizado e aplicado para a identificação de diferentes vírus: diagnóstico de zika, dengue, chikungunya, febre amarela; e de bactérias para o diagnóstico de febre maculosa, leptospirose e meningites. “Graças à expertise das equipes dos diferentes serviços do Instituto Octávio Magalhães e do Lacen, está sendo possível atendermos á demanda gerada pela pandemia de covid-19”, complementou a diretora do Lacen-MG.

 

Por Priscilla Fujiwara

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