Autores*: Mariana Alcantara Nascimento, Mateus Jorge Nardelli, Gabriella Yuka Shiomatsu, Vitor Yukio Ninomiya, Ricardo Tadeu de Carvalho.

Você sabe que existe uma relação importante entre o cigarro e a covid-19? Pesquisas mostram que essa combinação pode ser fatal. Estima-se que, entre os fumantes – que somam 20 milhões de indivíduos no Brasil –, existe uma chance 45% maior de complicações quando são infectados pelo novo coronavírus. 

Entenda os riscos associados ao tabagismo e sua influência na atual pandemia!

 

Qual a ação do cigarro no organismo?

Na década de 1960, surgiram trabalhos científicos de grande impacto demonstrando consequências devastadoras do cigarro na saúde humana. Atualmente, há uma série de efeitos adversos comprovados, entre os quais se destacam: 

 

  • alterações permanentes na estrutura do pulmão, reduzindo a nossa capacidade de respirar;
  • o aumento da frequência de infecções respiratórias virais, bacterianas e fúngicas, devido principalmente ao prejuízo ao sistema imunológico e à agressão constante às vias aéreas. 
  • desequilíbrio na coagulação, aumentando o risco de infarto e acidente vascular encefálico;
  • fator de risco para cânceres em vários órgãos, como pulmão, laringe (cordas vocais), boca, esôfago, pâncreas, rins, bexiga, entre outros.

 

Por que é tão perigosa a associação de cigarro com a covid-19?

Diante de todos esses prejuízos provocados pelo cigarro, fica fácil entender que esse hábito representa um risco ainda maior em uma pandemia. Ao revisar trabalhos científicos, a Organização Mundial de Saúde concluiu demonstra que há fortes evidências de que o tabagismo aumenta tanto a chance de formas graves da doença, como também o risco de óbito em indivíduos internados por covid-19. 

 

Circularam entre algumas plataformas digitais trabalhos que sugerem haver efeitos protetores do cigarro contra a infecção por coronavírus. Ao serem analisados por especialistas, entretanto, ficaram evidentes falhas nesses estudos. Ficaram claros, também, conflitos de interesse entre os participantes, ou seja, a presença de vínculos com a indústria do tabaco. Essas informações podem ter sido responsáveis pelo aumento inadvertido do consumo de cigarro durante a pandemia.

 

Sabendo-se, portanto, que fumar aumenta o risco de morte por covid-19, entenda como se proteger disso!

 

O que fazer para parar de fumar?

Diante disso, a motivação para cessar o tabagismo pode ficar cada vez maior. Alguns elementos são fundamentais para uma tentativa bem-sucedida:

 

  • embora seja uma decisão individual, interromper o tabagismo tem maiores chances de sucesso quando essa decisão é compartilhada!;
  • o planejamento da ação é uma etapa essencial. Um profissional de saúde pode te auxiliar nessa fase, esclarecer sintomas de abstinência do fumo e indicar medicamentos que trazem alívio;
  • recaídas fazem parte do processo! Procure não se culpar por uma recaída, mas reconheça as principais causas dessa falha para evitá-las na próxima tentativa. 

 

O tabagismo representa a principal causa de mortes que podem ser evitadas em todo mundo e é responsável por cerca de 8 milhões de óbitos ao ano – uma população maior do que a de Belo Horizonte. Por esse motivo, parar de fumar deve ser fortemente encorajado, já que pode evitar a fragilização do organismo tanto de fumantes quanto de pessoas próximas.

 

Além disso, o compartilhamento de informações deve ser sempre feito de forma responsável, dando preferência a plataformas confiáveis. A partir dessas iniciativas, podemos otimizar o combate à covid-19!

 

  

Quer entender melhor os termos e conceitos sobre o novo coronavírus e a pandemia de covid-19? Acesse o nosso Dicionário "Para Entender a Pandemia"!

*Este post foi escrito pelos alunos da Faculdade de Medicina da UFMG pela parceria da SES-MG com o projeto Adote sua Vizinhança em Tempos de covid-19

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